A história de Léo Shehtman com a CASACOR

O arquiteto, que participa desde a primeira edição da mostra, conta sua relação com o evento e o que impactou em sua vida

Por Alex Alcantara
Atualizado em 15 fev 2019, 12h43 - Publicado em 23 ago 2016, 19h27

A história de Léo Shehtman com a CASACOR

Quando questionado sobre o que representa ser o arquiteto que mais participou da CASACOR, desde a sua inauguração em 1986, Léo Shehtman brinca “sinto-me velho” e completa “mas também muito feliz e grato por tudo isso, e tenho certeza que é fruto de muita persistência e dedicação ao que eu faço”.

Sempre muito extrovertido, simpático e bem-humorado, Léo Shehtman contou um pouco sobre a sua vida com a CASACOR, a arquitetura e o design. O profissional seguiu o caminho do seu pai, que também era arquiteto e se formou pela Universidade Braz Cubas, em 1980, e como relatado, com dedicação e persistência conseguiu conquistar o seu espaço no mercado, sendo referência para o ramo e mercado que atua. Confira na entrevista abaixo um pouco sobre a trajetória do arquiteto!

1. Conte um pouco sobre sua história. Porque optou pela arquitetura?

Meu pai era arquiteto, por isso sempre admirei e tive contato com a arquitetura. Quando fiquei mais velho, achei muito cômodo seguir pelo mesmo caminho que ele. Então fui cursar medicina, e fiz apenas seis meses e desisti, odiei. Logo, acabei em arquitetura, não teve como escapar, é o que eu adoro fazer.

2. Quando você se sentiu reconhecido pelo seu trabalho com arquitetura e decoração?

Quando meu primeiro projeto, o da cobertura do meu apartamento, foi capa da Casa Cláudia. Eu tinha 23 anos.

3. Você já ganhou algum prêmio na área?

Já ganhei vários, Prêmio CASACOR 2008, com a Casa Bolha, Prêmio CASACOR 2015, Prêmio Revista Olga Krell, Prêmio Projeto Destaque 2010, Prêmio Miami – Lampa WTC entre outros que sou muito grato.

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4. Como surgiu o convite para participar pela primeira vez da CASACOR? Quem fez o convite?

As fundadoras da CASACOR, Dona Angélica Rueda e Dona Yolanda Figueiredo me convidaram. Participei desde a primeira edição.

5. Como foi seu primeiro projeto na CASACOR? Quais as inspirações, o que usou naquela época para criar o ambiente?

Lembro que meu primeiro projeto foi um bar embaixo de uma escada, inovador para a época. Usei inspirações do arquiteto alemão Meyer.

6. Quais foram os desafios na época em que você começou a participar da mostra?

Todo projeto é um desafio, mas lembro de algumas passagens, porque naquela época as pessoas não estavam acostumadas com tecnologia modernidade, essas coisas. Lembro um ano que fiz um piso de vidro – que hoje é comum, mas naquela época era muito inovador, algumas pessoas tiravam o sapato para andar, outras pisavam bem devagar com medo de quebrar (risos).

7. Você é o arquiteto que mais participou da mostra, o que isso representa para você?

Que estou velho (risos), brincadeira. Sinto-me muito feliz e grato por tudo isso, e tenho certeza que é fruto de muita persistência e dedicação ao que eu faço.

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8. Qual projeto você acha mais marcante dentre os que já realizou na CASACOR e por quê?

Gosto muito da passagem do ano que fiz um salão de cabeleireiro e maquiagem, em 2011, e a Cláudia Raia chegou sem maquiagem, com o cabelo molhado e fez tudo lá. Foi um espetáculo, todos pararam para ver.

9. Desde o começo da mostra, houve apenas uma edição que você não participou. Por quê?

Não lembro o ano, mas sei que eu estava cheio de projetos em Miami, e aí ficou meio em cima do prazo e eu optei por não participar. Foi isso.

10. Você também já participou de mostras da CASACOR em outros Estados fora de São Paulo. Conte um pouco sobre elas, como foi o convite? Quais foram os Estados que você participou?

Campinas, interior de SP, Vitória no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Brasília. Recebo os convites, e acho muito interessante participar. Quando dá participo, mas não dá para fazer todos.

11. O que mudou na mostra nesses 30 anos? Como você vê o mercado de arquitetura e decoração no Brasil?

O mercado do Brasil está passando por um momento difícil, como em todos os segmentos. Mas considero que o mercado de arquitetura no Brasil é para se orgulhar. A arquitetura brasileira é uma que tem projeção internacional, acho os arquitetos brasileiros muito bons.

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12. Como foi participar da CASACOR neste ano, edição comemorativa de 30 anos?

Para mim, participar do 30º ano de CASACOR foi incrível. Eu, que participo desde a primeira edição e só deixei de participar de uma, sempre levo para os meus projetos o que é a tendência e as novidades do momento no mundo. Este ano quis fazer algo bem diferente, com uma pegada sustentável. Reaproveitou uma estrutura já existente – o trem – e dei uma nova utilidade para ele, o transformando em um conceito de moradia.

Confira na galeria abaixo algumas fotos do acervo pessoal do arquiteto que ilustram esses 30 anos do profissional com a CASACOR!

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